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Município de Pérola

INTRODUÇÃO


A idéia de executar essa pesquisa nasceu da participação de um grupo de pessoas do Município de Pérola - PR dedicados a divulgar a história do nosso Município.


O estudo da História do Município torna-se de fundamental importância para que a comunidade perolense resgate a sua memória e se conscientize dos problemas e crises pelos quais passaram os pioneiros na luta pela defesa de nossa Comarca.


ANTECEDENTES HISTÓRICOS


Nos idos de 1950 a região que agora compreende o município de Pérola fazia parte da então comarca de Foz do Iguaçu, depois Peabirú, Cruzeiro do Oeste, Umuarama e a última comarca que pertenceu o município de Pérola foi a Comarca de Xambrê.


Sua colonização e loteamento rural e urbano foram efetuados pela Companhia Colonizadora Byington, empresa com sede em São Paulo; na pessoa do Sr. Alberto Jackson Byington Júnior, que prestara vários serviços ao Governo do Estado do Paraná, (Governo Lupion), inclusive a execução de vários trechos do leito da via férrea central do Paraná e também a construção da Estrada que liga Apucarana à Ponta Grossa - PR. Como pagamento destes serviços à empresa recebeu as terras que hoje cobrem os municípios de Xambrê, Pérola e Altônia, perfazendo um total de 96.000 alqueires.


Por volta do ano de 1952, a empresa, tendo em vista a grande influência e demanda de terras para o cultivo de café, procedeu aos estudos de projetos e planos de colonização, que viabilizassem o desenvolvimento e desbravamento desta região recoberta de matas, sendo ocupada apenas por animais selvagens e as aves silvestres que tinham aí o seu habitat natural, com suas terras trasbordantes de húmus.


A Colonizadora Byington então montou uma base no município de Xambrê para a equipe topográfica (Agrimensura), onde iniciou o levantamento dos espigões, dos córregos, ribeirões e rios. Os serviços administrativos de agrimensor ficaram por conta dos senhores Arthur Bruno Junges, Bruno Nicolau Junges, Telmo Bertolo e Albanir dos Santos. Iniciaram pelo levantamento de áreas de perímetro, posteriormente os cálculos de planilhas para desenhar os mapas (mapas confeccionados pelo Sr Arthur B. Junges por tinta nanquim e pena em papel canção), que após os perímetros elaborados eram cortados os lotes rurais, com áreas médias de 12 hectares. Além dos lotes rurais foram criadas as cidades e povoados, inclusive Pérola/PR.


Além dos loteamentos foram iniciadas também a estrada de rodagem mestra, ligando a região às próximas cidades e ao Rio Paraná, dispunha a área, de estradas secundárias que serviam a todos os lotes e se uniam a estrada mestra. Com exceção de algumas chácaras, junto ao perímetro urbano, todos os lotes faziam fundos para córregos ou ribeirões de água de boa qualidade e abundante.


Após os serviços de infra-estrutura indispensável ao desbravamento, da influência da demanda de terras para o cultivo do café, existiu outro aspecto importante que muito contribuiu para o desenvolvimento e grande fluxo de desbravadores à região. Sem dúvida foi o plano de vendas, com as vantagens seguintes: Para aquisição de sítios e chácaras as condições eram as seguintes: Entrada 30%, primeiro ano 10%, segundo ano 20%, terceiro ano 20% e quarto ano 20%. Para os lotes urbanos as condições eram de 40% de entrada, primeiro ano 30% e segundo ano 30%. Como nessa época toda a região experimentava um surto desenvolvimentista considerável, a nossa região já pertencia ao território de Cruzeiro do Oeste.


Já em 1955, aportaram aqui os primeiros colonizadores, sendo que o primeiro contrato de venda de terras, foi realizado no dia 04 de abril de 1955, referente ao lote de nº 36 da Gleba Palmital, com área de 10,00 alqueires paulistas, sendo seu comprador o senhor Kazuo Kamei (in memoriam).


Não decorreram muitos meses para que pudéssemos avistar ao longo das estradas secundárias e trilhas, as clareiras que se formavam no seio da densa floresta, famílias praticamente isoladas em seus ranchos de pau-a-pique perdidas no meio da mata.


As ocupações dessas terras foram tão rápidas que chegavam a Pérola por volta de 25 mudanças diárias, vindas de todas as regiões do Brasil.


Em meados de junho de 1957, a Companhia Colonizadora estudava o projeto da fundação da cidade de Pérola.


A sede regional da Companhia Colonizadora localizava-se em Xambrê, que em 05 de outubro de 1960, obteve a emancipação política de Cruzeiro do Oeste e assim a nossa região passou a jurisdição de Xambrê.


Resolvida à fundação da cidade de Pérola, escolheram um local alto (espigão), plano e no centro do loteamento. Foi dado início então aos serviços atinentes ao perímetro urbano. Começavam a ser vendidos os primeiros lotes urbanos. Em 14 de janeiro de 1960 foi celebrado o primeiro contrato de venda do lote número 05 da quadra número 12, sendo seu comprador o senhor Luiz Lemos, sendo morador em Pérola até o dia de hoje.


Assim foi que do seio das densas florestas, emergia uma Pérola de raro quilate, configurando um novo e esplêndido povoamento.























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